Algo a mais para contar
Sem spoiler! Depois de uns anos, finalmente reassisti "Not Me", e foi como se fosse a primeira vez. Fiquei me perguntando qual era a "mágica" da série/lakorn, e é algo simples. "Not Me" ganha uma estrela de ouro só por estabelecer seu lugar próprio, ou seja, de ter algo a mais pra contar ao telespectador para além de um óbvio desenlace amoroso. A história assume um papel didático, nos ensinando e ensinando ao White as consequências do capitalismo no cenário urbano tailandês (um beijo pro Gun que deu um show de atuação). Vemos o personagem principal ser arrancado de sua bolha monetária, de seu status, para lidar com a crueza do mundo e encontrar significados para sua própria vida com seus amigos e interesse amoroso. Tudo na história se volta para o suburbano da Tailândia, fotografada em sua nudez citadina: as avenidas, as ruas, a favela, as zonas indústrias, a casa que não é ambiente privado (a garagem, o prédio abandonado). Todas essas paisagens colaboram no processo de olharmos para aquele país sobre uma ótica que o diretor nos convence a ver: a Tailândia do dia a dia, do caos, das reivindicações etc. e sentimos sobre ela os movimentos de ação/conflito e o melodrama de cada personagem. A arte (as pinturas, o grafite etc.) também colore as zonas suburbanas, preenchendo de simbolismo político e dando mais uma camada maravilhosa para "Not Me".
Os personagens secundários não merecem esse título porque eles são muito mais do que só "amigos": cada um deles tem seu papel crucial e que soma a seu modo à grandeza da série. Todos eles são apaixonantes e verdadeiros, com seus dilemas, "problemas", o que for. Somos convencidos do drama de cada um e podemos até nos ver neles. Gostei demais do casting de todos os personagens, pois só de conseguirem passar esses sentimentos já denota que fizeram um bom trabalho. Não sou muito fã do main shipp, mas foi satisfatório acompanhar o desenrolar das coisas entre o Sean e o White.
Continua maravilhosa!
Os personagens secundários não merecem esse título porque eles são muito mais do que só "amigos": cada um deles tem seu papel crucial e que soma a seu modo à grandeza da série. Todos eles são apaixonantes e verdadeiros, com seus dilemas, "problemas", o que for. Somos convencidos do drama de cada um e podemos até nos ver neles. Gostei demais do casting de todos os personagens, pois só de conseguirem passar esses sentimentos já denota que fizeram um bom trabalho. Não sou muito fã do main shipp, mas foi satisfatório acompanhar o desenrolar das coisas entre o Sean e o White.
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